_SINOPSE_
Esta sinopse não é, na verdade, uma sinopse sobre o espetáculo, mas sim uma reflexão sobre o próprio espetáculo. O que, na verdade, é este espetáculo... Uma reflexão! Ou várias, na verdade. Na verdade? O que é uma verdade para mim não tem que ser uma verdade para ti. O contrário também é... verdade!
Um processo criativo é sempre um desafio. Com momentos bons, outros menos bons, alguns até frustrantes e outros fabulosos! Neste grupo, gostamos de começar do nada. Não temos nenhum texto de algum autor famoso para encenar... A verdade é que começamos sem nenhuma ideia do que iremos fazer. E assim, tudo é possível. Sem censura, sem preconceito, sem julgamento... O motor que nos move, ao longo do processo, é a vontade de fazer, de pensar, de sentir...
Quando a um grupo de crianças e jovens é dada a possibilidade de se exprimir, sem julgamento. Todo um mundo novo surge! E assim começam a ser levantadas inúmeras questões. E assim se descobre que as dúvidas existenciais de há 20, 30, 40 ou até 50, ou muitos mais, anos atrás continuam presentes hoje. E, possivelmente, continuarão amanhã.
E haverá algo melhor do que sentir cada palavra como se tivesse sido escrita por mim? Revejo-me, neste texto, do início ao fim. Consigo lembrar-me que eu também pensei e senti o mesmo nessa idade. E, ainda hoje, me identifico tanto, mas tanto, com tudo o que estes jovens nos querem dizer!
Quando nos tornamos adultos, inevitavelmente, tentamos reprimir tudo o que tenha a ver com as fases anteriores da nossa vida. Como se fosse a única forma de nos enquadrarmos na sociedade. E assim, esquecemos o que sentíamos e pensávamos. E assim, queremos criar um mundo de ilusão, um “mundo cor de rosa”, para as crianças. E esconder, atrás das cortinas, o mundo do lado de fora, o mundo real.
_FICHA ARTÍSTICA_
[Interpretação] Clara Ferreira | Ana Santos | André Moreira | Bárbara Oliveira | Constança Santos | Daniel Pereira | Gabriel Monteiro | Luana Sousa | Maria Ventura | Mariana Gilde | Matilde Silva | Rodrigo Gonçalves | Rodrigo Campos | Yohan Girod
[Texto] Coletivo
[Dramaturgia e Encenação] Leonel Ranção.
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